Otelo Saraiva de Carvalho - Terrorista Português é Promovido a Coronel e ainda reclama!!!

«Para já, estou a pensar seriamente em recusar esta promoção e os 48 mil euros. Recuso, assim não, não quero», declarou Otelo à Agência Lusa, em Almalaguês, Coimbra, onde participou num debate com alunos do ensino secundário sobre os 35 anos do 25 de Abril.

Otelo Saraiva de Carvalho recusa o que classifica de «aparente benesse política» e frisa que o seu caso «não se aplica à reconstituição de carreiras».

«O que eu quero é que a minha instituição, com uma portaria assinada pelos ministros da Defesa e das Finanças, reponha a verdade perante os factos, não há aqui benesse nenhuma por parte do Estado, é um direito que me assiste e reclamo», frisou.

O capitão de Abril afirma que «não se sente, de facto, recompensado por esta aparente abébia que dada pelo Governo» e fala numa «injustiça muito grande» para com ele.

«Esta aparente benesse que me é dada pelo Governo é completamente falseada, aceito isto muito mal, não concordo com isto. Há aqui uma injustiça muito grande em relação a mim», disse.
Otelo Saraiva de Carvalho disse que está a pensar «arranjar um advogado que resolva lutar» com ele pelos seus direitos.

«O Provedor de Justiça, que está em banho-maria, à espera de ser rendido, já pensei ir ao Provedor de Justiça, ao Tribunal Europeu», acrescentou.

Otelo Saraiva de Carvalho entende que o seu caso «não tem nada a ver com a reconstituição de carreiras» e frisa que, a partir do momento em que foi ilibado do processo das FP-25 deixou de estar na situação de «demorado» e, como tal, deveria ter sido logo promovido pela antiguidade.
«Vou ver se ponho, com um advogado, uma acção contra o Estado, o que não queria, nunca mexi em nada que pudesse prejudicar o prestígio da minha instituição, do Exército, mas tenho de reagir de alguma forma», afirmou.

Otelo reclama a promoção de tenente-coronel a coronel por antiguidade, com efeitos a 1985, altura em que os oficiais do seu curso terão sido promovidos àquele posto.

«No final de Setembro de 2003 fiquei completamente ilibado de quaisquer acusações referentes ao processo das FP-25. A partir daí, legalmente, pelo Estatuto das Forças Armadas, devia ter sido promovido a coronel no dia seguinte, reportando a minha antiguidade e com efeitos retroactivos, em termos de vencimentos, a 1985», declarou.

O líder operacional do 25 de Abril sublinha que chegou a enviar um requerimento ao Chefe de Estado Maior do Exército de então, 20 meses após ter sido ilibado no processo das FP-25, a questionar a razão da sua não promoção.

«Fiz um requerimento ao Chefe de Estado-Maior do Exército a dizer: ‘Eh pá, esqueceram-se de mim? Agora surge-me, de repente, inopinadamente, de surpresa esta promoção», declarou.
A Comissão de Reconstituição de Carreiras que propôs esta semana a promoção de Otelo Saraiva de Carvalho a coronel sugeriu mais algumas dezenas de nomes, contudo o Ministério da Defesa Nacional aprovou apenas mais sete militares.

Além de Otelo Saraiva de Carvalho, foram promovidos a coronel, pelo Ministério da Defesa Nacional, os militares Vítor Afonso, César Neto Portugal, José Borges da Costa, Antero Ribeiro da Silva, Ângelo Sousa e Aniceto Afonso, e ainda António Vicente, a sargento-mor.
Ameaçou fuzilar os Portugueses no Campo Pequeno em Lisboa em Junho de 1975 e passou cerca de mil mandatos de prisão EM BRANCO ao cuidado de Álvaro Cunhal para que o PCP (Partido Comunista Português) aprisiona-se quem quer que fosse, sem qualquer justificação!!!!

Para os jovens que não conhecem o passado deste "Grande Capitão".

AS Forças Populares 25 de Abril (FP-25) foram uma organização terrorista de extrema-esquerda que operou em Portugal entre 1980 e 1987.

Parte dos seus militantes procediam das antigas Brigadas Revolucionárias. Mataram 18 pessoas e pelo menos um bébé em atentados a tiro e a bomba e em confrontos com a polícia durante roubos a bancos e tentativas de fuga, praticaram entre muitos dos seus crimes, extorsões a empresas. O julgamento dos seus crimes foi incompleto, por prescrição do processo judicial.


A figura mais conhecida vinculada às FP-25 foi Otelo Saraiva de Carvalho.

Otelo Nuno Romão Saraiva de Carvalho (Lourenço Marques, 31 de Agosto de 1936) é um ex-militar português, estratega do 25 de Abril.


Foi capitão em Angola de 1961 a 1963 e também na Guiné entre 1970 e 1973, sendo um dos principais dinamizadores do movimento de contestação ao Decreto Lei nº 353/73, que deu origem ao Movimento dos Capitães e ao MFA.


Era o responsável pelo sector operacional da Comissão Coordenadora do MFA e foi ele quem dirigiu as operações do 25 de Abril, a partir do posto de comando clandestino instalado no Quartel da Pontinha.


Graduado em brigadeiro (o que no Brasil equivale a general de brigada), foi nomeado Comandante-adjunto do COPCON e Comandante da região militar de Lisboa a 13 de Julho de 1974, tendo passado a ser Comandante do COPCON a 23 de Junho de 1975 (cargo que na prática já exercia desde Setembro de 1974). Foi afastado destes cargos após os acontecimentos de 25 de Novembro de 1975.


Fez parte do Conselho da Revolução desde que este foi criado, a 14 de Março de 1975, até Dezembro de 1975. A partir de 30 de Julho do mesmo ano integra, com Costa Gomes e Vasco Gonçalves, o Directório, estrutura política de cúpula durante o V Governos Provisório na qual os restantes membros do Conselho da Revolução delegaram temporariamente os seus poderes (mas sem abandonarem o exercício das suas funções).


Conotado com a ala mais radical do MFA, viria a ser preso em consequência dos acontecimentos do 25 de Novembro. Solto três meses mais tarde, foi candidato às eleições presidenciais de 1976.Volta a concorrer às eleições presidenciais de 1980.


Na década de 1980 passou a liderar a organização terrorista FP-25[1].


Em 1985, tendo sido julgado e condenado em tribunal, foi preso pelo seu papel na liderança das FP-25 de Abril, responsáveis pelo assassinato de 17 pessoas nos anos 80. [2]


Foi libertado cinco anos mais tarde, após ter apresentado recurso da sentença condenatória, ficando a aguardar julgamento em liberdade provisória.[3]


Em 1996 a Assembleia da República aprovou o indulto, seguido de uma amnistia para os presos do Caso FP-25.



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