PS e BE rejeitam referendo sobre pseudocasamentos, temendo resultado desfavorável do mesmo.

«Ao partido socialista e demais esquerda não interessa fazer referendos onde o Povo se exprima contra ideias insanas, líricas e que são fruto apenas da pressão de lobies e de interesses pessoais de alguns elementos políticos que têm comportamnetos igualmente doentios.»
«Não querem fazer referendo, pois sabem que o Povo vai-lhes dar nota negativa no mesmo.»
O líder da Juventude Socialista entende que o referendo sobre o casamento homossexual está fora de questão (os interesses em jogo são muitos), mas explicou que não vê (convenientemente) «motivo para atrasar» esta questão, quando questionado sobre a legalização deste tipo de casamentos até ao final de 2009.
«Não mexe em mais nenhum outro assunto, não altera a vida de ninguém a não ser das pessoas que poderão usufruir direitos que hoje não usufruem», acrescentou Duarte Cordeiro, em declarações ao Fórum TSF.

Ao contrário de Duarte Cordeiro, o deputado democrata-cristão Filipe Lobo de Ávila entende que a questão não foi ainda «suficientemente debatida» e «por maioria de razão, a questão da adopção ainda menos».

«A questão que aqui se coloca do ponto de vista jurídico e constitucional não é fácil de resolver. Poderá criar situações que vão contra o princípio da não discriminação que, no fundo, é aquilo que move os partidos de Esquerda», afirmou o parlamentar do CDS-PP também no Fórum TSF.
Filipe Lobo de Ávila está surpreendido como os partidos de Esquerda ainda não resolveram esta questão e admitiu que existe uma margem de manobra é muito curta para a realização de um referendo nesta matéria tendo em conta a união de esforços entre PS e Bloco de Esquerda.
O "casamento" sem casal segundo a visão política da esquerda actual... Quando as ideias de liberdade se transformaram em ideias de libertinagem absurda
Também no Fórum TSF, o bloquista José Soeiro considerou que a questão já foi amplamente debatida e considerou errado que alguém tente impedir a adopção em nome de um preconceito contra os homossexuais.

Da demagogia a Loucura

O deputado do Bloco de Esquerda não percebe porque não pode haver adopção «havendo a possibilidade de a criança ter alguém que a ame, que cuide dela, que lhe possa dar todas as condições de crescimento e de carinho».

Já o comunista João Oliveira defendeu que um casamento deste género é uma questão do foro íntimo, e de «dignidade e reconhecimento de direitos por parte do Estado» e por isso o PCP entendeu votar a favor de um projecto de lei dos “Verdes” a favor da «não discriminação em função da orientação sexual».

«Não está em causa a opção que cada um pode fazer em relação ao casamento religioso, seja ele católico, judaico ou islâmico. O que está em causa é o reconhecimento jurídico por parte do Estado de uma relação jurídica que existe na sequência de uma relação afectiva, sentimental que fica obviamente à consideração e à opção de cada um», explicou.

No Fórum TSF, este deputado do PCP considerou ainda que estando em causa uma situação de discriminação «esta deve ser rapidamente ultrapassada e do ponto de vista legislativo é preciso tomar medidas na Assembleia da República, que é onde devem ser tomadas».
Imersos na demagogia (seja ela qual for desde que vá garantindo uns votitos, venham lá de onde vierem) os Srs. esquerdistas esquecem o seguinte: -Ao legalizarem , no papel, pois disso não passa um "casamento" entre pessoas do mesmo sexo, o que passa a impedir a que duas ou mais pessoas se juntem, para formar uma "família" se o conceito de família passa a não ter significado?
-Ninguém poderá impedir duas irmãs, dois colegas de trabalho ou até um pequeno grupo, de se juntar e convenientemente passar a usufruir do estatuto concedido até a data aos únicos e verdadeiros casais... marido e esposa.
Após isso também não poderão recusar os casamentos poligâmicos ou mesmo casamentos entre pessoas e animais, como já ocorreu a um grupo de esquerda na Holanda.

1 comentários:

Tomé disse...

Faço desde já uma declaração prévia: sou agnóstico e politicamente de esquerda, o que torna politicamente incorrecta esta mensagem! Sempre julguei que o casamento (civil/jurídico) tivesse como objectivo principal a “recompensa” por parte do estado a quem, pelo menos potencialmente, pudesse garantir a continuidade do mesmo estado através de futuros cidadãos (tanto na sua geração como na sua educação), pelo que o IRS dos casais heterossexuais deveria ser fortemente beneficiado! Senão, para quê o casamento? Não há restrições sociais a que os cidadãos se juntem (acasalem), ou há? Deste modo só o casamento heterossexual faz sentido e deverá de imediato proceder-se à revisão do regime de IRS para casais heterossexuais, pela Assembleia da República ou pelo Governo.Como é que para o problema da interrupção da gravidez se achou necessário um referendo e para este não? Alguma coisa cheira ligeiramente mal!

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